Minha vida é muito feita de começos e recomeços… de tombos, alguns provocados por mim mesma, outros por rasteiras “escondidas” dessa vida. Mas se tem uma coisa que eu tenho aprendido é a levantar, arrumar a roupa, ajeitar o cabelo, olhar pra ver se alguém percebeu meu tombo e disfarçadamente, seguir em frente…
E tudo o que acontece sempre faz a gente mudar. Eu me sinto tão diferente, mas tão, que as pessoas chegam a perceber isso, chegam a comentar comigo, a perguntar o que aconteceu…. o que aconteceu? Eu aprendi. Amadureci e acho que posso falar isso de boca bem cheia… vou chegar aos meus trinta anos beeeeem além do que eu mesma esperava.
A gente aprende o que parece ser tão óbvio e a gente nao via antes, nao é? É óbvio que fazemos escolhas e arcamos com as consequências delas, e que na maioria das vezes não podemos imaginar ou prever o que acontecerá com nossas expectativas, sentimentos, sonhos, planos… e que a vida sempre, sempre nos surpreende, positiva ou negativamente.
Eu tinha certeza de muitas coisas. E todas as minhas certezas sumiram da minha vida de um dia para o outro. Errei, coloquei minha vida num castelo que foi construido na areia… e a onda veio e … já era. Castelo destruido, eu em mil pedaços, tentando entender o que aconteceu e porquê eu não tinha parado pra pensar nisso antes… nao tinha parado pra discernir e perceber que nao tinha fundamento, que nao era de verdade, que eu estava vivendo algo que nao era real, humano, de carne. Estava vivendo um engano… Agora me parece tudo tão claro, e me dói pensar que me enganei…
A vida é tao urgente. É tão rápida. Somos tão, mas tão passíveis de erros. E tudo isso junto dá uma mistura e tanto. Eu aprendi a me conhecer, a ver quem realmente eu sou. E sou muitas. Em uma só. E acho que todas as mulheres (as de verdade…) são assim. Não é? E eu erro pra caramba (aqui ia bem um palavrão, rsrs). Erro muito, todo dia. Erro sempre. Erro erros diferentes, rs, mas erro. Mas a urgência da vida me faz levantar, e continuar vivendo… me faz perceber que todo mundo erra e que olha, eu nao sou ninguem, mas ninguem pra decidir perdoar ou nao, pra dizer se sei ou nao o que é perdão, pra decidir o que é justo ou nao. Minha vida nao é justa. Ninguem é justo. Quem é justo é hipócrita. E ponto.
E a urgência da vida nao deixa espaço pra esses melindres todos. Né? Deixa? Deixa nada, e se vc entra nessas e mete um “orgulho forte” entre o “a vida é urgente e somos passíveis de erros”, vc nao vive. Vc vira dona de uma moral que na verdade vc nao tem… vc tenta ser justa (com os outros, sempre, pq expor e admitir erros próprios é algo mt dificil hj em dia) e vc perde tempo. Perde vida… perde tanta coisa…
Aprendi isso. Aprendi que sei muito menos do que achava que sabia ha algum tempo atrás… mas que isso me faz ser mais digna. Não, nao sei perdoar nao… mas olha, estou aqui pra aprender. Larguei meu orgulho, que sempre me feriu… e nao serve de nada pra ninguém… e aprendi sobre a urgência da vida.
E é isso. Perto de mim quero pessoas que saibam disso. Que errem pra caramba, que entendam a urgência da vida, que queiram aprender… a perdoar, a viver, a querer, a escolher… que entendam que o essencial é tão, mas tão simples que é ignorado pela maioria.
Amanha, calendário novo e novidades!
Em Santos, aprendendo sobre a urgência da vida, com alguém tão passível de erros como eu… valeu amiga.
Van
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