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Archive for outubro \25\-02:00 2012

Imagem      A vida é engraçada (as vezes uma graça cínica, mas tá valendo).
O tempo que eu não posto aqui equivale exatamente ao tempo que minha mente parou.
Ainda nao descobri onde e muito menos o porquê, mas parou.
Ah, sim, claro que eu tenho milhares de teorias e conjecturas e explicações e desculpas e justificativas e até motivos, mas no fim das contas não sei explicar nem meu nome completo, que dirá meu cérebro e minha alma estacionados num deserto interno.

Mas também eu não sei nem jamais saberei explicar e expor exatamente o que significa meu cérebro e alma parados. Rs. É relativo, é contraditório, mas enfim, hoje, como que num relance transcendental ilógico, o sinal abriu e lá se foi minha alma acordar como que num pulo e sair saltitando em pensamentos e filosofias e questionamentos e tudo junto misturado de novo aqui e agora.

Tem coisas que marcam a gente, tem coisas que constroem a gente. Aquela história de plantar e colher… mas se você pensar bem, tem coisa que a gente planta, tem coisas que as pessoas plantam dentro da gente… e regam ainda, e isso vai preenchendo um espaço valioso dentro das nossas mentes e corações e de certa forma, isso nos molda e nos transforma.
Eu já disse que hoje sou mais ácida. Mais revoltada do que nunca, mais cética, mais fechada. E meu contexto me fez assim. O que eu vejo, o que eu escuto (mesmo que seja ato falho ou tiro certeiro), o que eu observo e as conclusões que sou obrigada a chegar. 

O que eu tenho aprendido? Rs. Tenho aprendido o que fazer depois de todo esse processo e a parte “cheguei a uma conclusão”. Que adianta chegar a algum lugar se vc realmente nao vai sair dele? Que adianta você questionar ou se aborrecer com o que ve, o que pensa,  o que observa, o que quer, o que as outras pessoas fazem ou o que você mesmo faz, se vc nao vai fazer nada com isso? Que adianta correr atrás, se você realmente nao quer nem vai querer sair de onde  está? Hum… é o que tenho questionado… 
É aquilo… somos adaptáveis, e temos uma tendência primorosa de permanecermos dentro da nossa zona de conforto, mesmo que ela nao seja tão confortável assim.. e as vezes não é nenhum pouco.. quem passa anos dentro de uma igreja sabendo dos podres sem nem colocar os olhos pra fora porque tem medo de enfrentar aquilo tudo? Ou dentro de um casamento mesmo… passam-se anos sofrendo dentro de uma zoninha de pseudo-conforto porque é melhor ficar ali quietinho do que tentar ver o que tem la fora e mexer no que precisa ser mexido. 

É assim que me sinto agora. Preciso mexer, mudar, correr atrás, e estacionei numa zona que de conforto nao tem é nada e parei ali. Eu que já lutei  tanto, já aguentei tão menos e já corri atrás com tanta velocidade, me deparei com um espelho gigante onde eu posso me ver, olho no olho e percebo que é isso que eu tenho que enfrentar agora: Eu mesma. Bora lá, se tem que ser, que seja… 

O que a gente nunca pode deixar acontecer é deixar isso passar. Aí a gente de certa forma, morre. E tem nada pior do que isso. Vanessa, entenda isso, e se mexa.

Van

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