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Archive for novembro \25\-02:00 2013

Coluna publicada no Portal VRNews: 

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A arte, de uma forma geral, traz benefícios para várias áreas das nossas vidas. A vontade, o contato, a tentativa e até mesmo a apreciação de qualquer tipo de arte pode transformar vidas, amenizar problemas, revelar talentos e paixões.

A diferença entre uma criança incentivada e com algum contato com a arte, e outra que não tem o mesmo incentivo, é quase que gritante: A auto-estima, a auto-crítica, a liberdade de criaçao, de errar e tentar de novo, a confiança e a facilidade de expressão. Isso sem citar a coordenação motora, a concentração, o desenvolvimento das habilidades manuais, a facilidade para aprender e estudar e o desempenho em outras atividades são claramente mais visíveis em crianças incentivadas.

Ok. Isso tudo é sabido e pesquisado por instituições e universidades. O resgate desse contato com a arte tem se tornado tendência, e torço muito por isso! Por quê? Porque duas ou três gerações inteiras cresceram alheias à quaisquer atividades artísticas. Não foi? Era desinteressante, “desnecessário” e supérfluo. E aí nos tornamos adultos “travados”: alguns com auto-crítica exagerada, outros sem conseguir expressar sentimentos, outros presos em simetrias e regras, e mais uma infinidade de características familiares à maioria de nós.

E esse “destrave” é tão fundamental. Abre nossas mentes, quebra alguns conceitos nos quais éramos agarrados, e mostra claramente que somos muito mais expressivos e capazes do que à imagem “travada” que temos de nós mesmos. E eu, que não consigo falar pouco nunca, explanei todos esses pontos para, enfim, falar do scrapbooking como “agente de destrave”!

Presencio diariamente esse “re-encontro” ou “primeiro encontro” (que seja), com a criatividade, com a expressão e com a alegria se perceber capaz! E normalmente, o processo inicial é assim: Uma incredulidade básica do “eu nao consigo”, eu não levo jeito”, “eu ão tenho criatividade nenhuma”. Quando se decide tentar, e as mãos começam a se aventurar nos papéis e técnicas, vem o medo de errar, de estragar, de decepcionar. Ao mesmo tempo, surge a vontade, a concentração e o despertar, que aos poucos revela que era só dar o primeiro passo! E por fim, o olhar surpreso e o orgulho de ver uma criaçao própria, uma arte única, sua, íntima, e libertadora!

E esse processo faz um bem incrível! Ajuda a diminuir o stress, aumenta a concentração, aumenta a auto-estima, diminui a auto-critica, desenvolve nossa expressão, nos tornando mais leves. É como um remédio, um refúgio, uma cura, uma descoberta, um encontro!

Van Lima

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É engraçado como os caminhos se constroem.
Alguns passos nossos, vários passos da própria vida.
Algumas escolhas próprias. Algumas.
Mudanças óbvias. Algumas.
E trilhamos assim: sorrindo e chorando,
dobrando esquinas, tentando seguir.

Admiro mais o sorriso leve do que a lágrima doída.
Me acostumei com o céu  cinza das minhas tempestades
Acostumei de tal forma,
que o cinza já me atrai como belo
e as chuvas que antes temia,
nem mais as percebo.
As gotas geladas que insistem em cair
tornam-se verão na minha inquietude,
Nem sinto, tanto faz.

E no auge da angústia,
da saudade, do grito dentro de mim,
do arrependimento que rasga a alma,
da acidez que intrínseca se faz viva,
me resta a luta.
Resta a luta pra os que são lutadores
Resta o sonho para os
que vivem seus amores
O alento do que se quer.

Resta o amor que explode em minhas mãos,
que segura, que faz seguir.
Prefiro a guerra que vivo, em busca da paz,
prefiro a angustia de uma alma de verdade
Pois só em meio às lutas, encontro o impossível
Só gritando meu amor, entendo meu motivo

Só caminhando contra a multidão,
reconheço a hipocrisia,
e fujo como que num desespero involuntário
de tudo que não seja verdadeiro.
Porque quando se experimenta a verdade
Quando se vive o amor,
quando se luta pelo azul do céu,
aí se entende quanto vale um sorriso.
Sorriso guerreiro. Sorriso de vida.

Van Lima

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Esse livro eu fiz pra uma prima muito querida.
Minha memória é muito seletiva, confesso.
E lembro de uma cena muito clara, de uma bebê linda, em cima de uma cama, com lençóis brancos.
Lembro de adultos conversando sobre as complicações que lhes são típicas.
E eu ali, alheia àquele mundo “mimizento”, segurava uma mão tão pequena, tão alheia quanto eu.

A vida nos separou, e como que num relance, me deu a chance de um reencontro.
De almas que lutam, que sonham e que seguem.
E ela se tornou uma pessoa linda, admirável, leve. Que cativa com o sorriso.
Aí que acompanhei, de perto, de longe, de alma, o caminho que a fez sonhar e o amor que a fez lutar.
E enfim, ela casou!
Dá pra imaginar o carinho que coloquei nesses papéis?

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IMG_3964E que a vida seja leve, sempre.

Bjs, Van

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Sou cíclica, ácida, alternando entre a coragem e o medo, entre meus sonhos e meu chão.  Constante segue minha luta.
Meu céu alterna entre tempestades e tempestades.
Lamentar? Não mais.
Se a vida quer assim, que seja assim.
Que encontre em mim a prontidão pra lutar, da mesma forma que encontrará o sorriso, leve e ácido, sei lá, que não deixo escapar.
Que encontre em mim a vontade para seguir, da mesma forma que encontrará meu renovo e minha persistência.

Novembro me traz esse renovo.
Já me acalentou, me sacudiu, me explodiu.
Já me trouxe medo, coragem.
Já me deu as piores e as melhores notícias.
Sempre me lembrou da intensidade que preciso.

E eis que, novamente, ele chegou.
Que os dias sejam leves, que as surpresas sejam doces, que eu tenha coragem, amor e vida pra sorrir cada dia, todos os dias.
Que novembro renove forças. Encante almas. Realize sonhos.
Que novembro traga descanso, força e amor.

Pra todos nós!
Que novembro nos tire pra dançar, como se fôssemos pássaros, como se fôssemos livres.

Van Lima

 

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